sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Pra Rua Me Levar

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora


Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

É, mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

(Ana Carolina e Totonho Villeroy)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Desejo e o Amor


Tanto para ajudar, quanto para atrapalhar o amor, existe o desejo.
Desejo, essa coisas que já nasce com a gente, começamos desejando o seio materno. Sem ele, a fome transforma o amor do bebê em ódio, e berros vão ao longe, é o danado do desejo pelo leite, por saciar a fome atrapalhando o amor...
E dessa mesma forma seguimos pela vida a fora, amamos a nós mesmos mas nos sentimos vazios sem ter um outro para dar amor. Se o outro nos falta o nosso amor próprio fica abalado, a auto-estima vai para o espaço.
Quando amamos o outro e somos amados, desejamos carinho, atenção, admiração, sexo... Se isso falta, já achamos que o amor esfriou, questionamos sua essência.
Desejamos também o amor, mas quando ele vem só, parece que falta alguma coisa, parece que não o reconhecemos como tal.
Precisamos sentirmo-nos bem, vivos, amar sim, mas também matar a fome dos desejos, afinal, eles são indícios de que estamos vivos e saudáveis.
Conciliar amor e desejo não é tão difícil, amor platônico é que só se vê em livros...
Até mesmo o amor de mãe tem que vir precedido do desejo da maternidade, pois se a maternidade não é desejada, ou o filho não nasce ou se nasce é desprezado como qualquer coisa que não se deseja.
Parece frio, até cruel essa forma de amar, mas não se enganem, para o amor (seja ele de que tipo for) é necessário que caminhe junto com o desejo, desejo do outro, desejo do próprio amor, desejo de abrir mão de alguns desejos para alcançar outros.
Mas quando unimos amor e desejo: a vida flui; as coisas enriquecem; tudo fica com mais cor e movimento. Não nos deixamos estagnar, deixamos de lado o comodismo, partimos para o “ataque”
Devemos, pois, usar o desejo como mola de propulsão para alavancar a vida, o amor e nossos projetos.
E o amor para alcançarmos o que desejamos com ética, dignidade e humanidade.
Como a o doce da água do rio que encontra o tempero salgado da água do mar, Amor e Desejo devem se completar, para vivermos com brandura e movimento...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

"Viagem para Fora"




"Viagem mais longa que já fiz,
Belo mesmo conhecer outro país
Mas ao final queria ouvir
qualquer palavra, sussurro ou grunhir,
Na língua materna
Que viesse da minha Terra."

"Controle"


"Ter o controle das nossas coisas internas, é muito difícil, querer controlar o que vem de fora é impossível!
Tentamos pelo menos ter controle sobre nossas ações, isso sim é possível. O que iremos sentir, ver ou saber não temos como prever, o que fazer com isso tudo, sim, é nossa escolha"